quarta-feira, 27 de agosto de 2014

OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA - FASE MUNICIPAL





A Olimpíada de Língua Portuguesa: Escrevendo o Futuro seleciona os vencedores da fase municipal, escolhidos no dia 26 de agosto pela Comissão Julgadora de São Sepé/RS, composta por Analice Ineu Chiappta, Norma Weber Brum e Elsa Maria Gass Vegner, que selecionou o(s) texto(s) abaixo relacionado(s) para participar(em) da etapa estadual da 3ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro.




Poema


Escola: ESC EST ENS FUN LEONARDO KURTZ

Diretor(a): ONIRA DE FÁTIMA MELLO BEVILÁQUA
Professor(a): SARA APARECIDA WALTER COPES
Aluno(a): Jordano Xavier dos Santos

Título: Nossa praça
 

Tem a praça das Mercês no coração da cidade
É ponto de encontro de crianças, idosos e mocidade
Em seus caminhos passam sonhos e encantos
Nas árvores os pássaros nos saúdam com seus cantos

Praça das Mercês com flores em seus caminhos
Com suas folhas verdes e no chão folhas mortas
Formam o grande palco para os que estão sozinhos
São alento para que nossos sonhos abram portas

Praça das Mercês de um lado fica a Fundação
Nos outros dois tem o Clube do Comércio e a Igreja
Tem sempre muita gente nas datas que se festeja
É um marco na cidade e no nosso coração




Memórias literárias


Escola: ESC EST EDUC BAS FRANCISCO BROCHADO DA ROCHA CIEP

Diretor(a): MARIA CRISTINA MACHADO CARDOSO
Professor(a): ÁDILA MARIA DOS SANTOS BOEMO
Aluno(a): Helen Barbieri Silva
              Título: Lembranças da minha infância

 Eu era bem pequena quando vim morar em São Sepé, cidade do interior do Rio Grande do Sul.
O bairro Santos onde moro até hoje está bem diferente de quando cheguei aqui. Hoje temos muitas casas, escolas, prédios, parque de exposições, posto de saúde... Quando eu era menor, tínhamos mais árvores, mato, animais e mais espaço. Não tínhamos tantos vizinhos naquele tempo.
Eu me lembro de tantas coisas: brincávamos de pique-esconde, jogávamos bolitas, andávamos de carrinho de madeira, soltávamos pandorga e muitas outras brincadeiras. Outra coisa que lembro é que meus pais diziam que a mulher de branco iria nos pegar caso não voltássemos cedo para casa. Eu e meus amigos acreditávamos, pois éramos muito pequenos e morríamos de medo.
Conheci também a família que deu nome ao bairro Santos e ao bairro Pontes. Lembro que o dono das terras se chamava Ataídes Pontes. Foi ele que dividiu as terras e vendeu para as pessoas construírem suas casas, por isso o bairro se chama Pontes. E, em homenagem a sua mulher, que tinha o sobrenome Santos, o meu bairro passou a ser chamado de bairro Santos.
Como eu adorava aquele tempo! Aquelas histórias já não posso viver, mas elas estão guardadas na minha lembrança.




 Crônica
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Escola: ESC EST EDUC BAS FRANCISCO BROCHADO DA ROCHA CIEP

Diretor(a): MARIA CRISTINA MACHADO CARDOSO
Professor(a): DENIZE GONÇALVES LEANDRO
Aluno(a): Jean Jentz Teixeira


Título: Lugar onde vivo, lugar que amo

Tentando me concentrar em algum livro, vejo-me distraído na pracinha. Ouço milhares de sons ao mesmo tempo, desde o canto dos pássaros, até o mulato tocado o seu violão.
Há várias pessoas em minha volta. Sons e imagens se distinguem em volta de mim. Ouço barulho de carros de uma oficina próxima e a música tocada pelo mulato. Lentamente, observo a bola de poucos gomos já desgastada, indo pro fundo da goleira. Enquanto tento me concentrar, é inevitável não olhar para o céu ensolarado acima de mim, faz um dia lindo! Poucas nuvens, o sol brilhando, alguns senhores jogando conversa fora e pessoas de mais idade se deslocando, fazendo voltas ao redor da pracinha. Certamente é um bom dia para caminhar! Elas me olham com ternura. Retribuo. Caminham com seus passos lentos no chão, que já aparentam precisar de cuidados.
Enquanto os meninos jogam sua tradicional pelada do dia a dia, observo também um casal de namorados sentados num dos inúmeros bancos da pracinha, trocando beijos e carícias. O amor está no ar! São tantas coisas que me chamam a atenção, até mesmo a brisa do inverno gaúcho que toca o meu rosto. Com minha leitura totalmente esquecida, em meu silêncio, vejo mais pessoas chegando: crianças para andar nos balanços e seus pais, um pouco afastados, que as observam constantemente.
Percebo agora uns meninos chutarem a bola para perto de mim. Eu, gentilmente, devolvo-a. Um deles me convida para jogar, então me rendo ao seu convite, apesar do frio. Deixo meu livro no chão e vou jogar. Na volta, sinto a temperatura baixar, como de costume. Aqui os dias são assim, inúmeras vezes começam quentes e terminam frios, como um café morno.
Já cansado, vejo as crianças indo embora com seus pais, os senhores que antes avistei caminhando já se recolheram. Os meninos incansáveis continuam sua pelada. O casal de namorados passeia em volta da pracinha. Bem, é hora de me recolher. Pego meu livro e vou me retirando, enquanto faço uma reflexão final. Por que gosto desse lugar? Uma pracinha tão simples, tão comum, como muitas que há em nosso município, por quê? A resposta que tanto procurei, encontra-se na sua simplicidade e na simplicidade das coisas de nosso mundo: no céu, no inverno, no sol, nas pessoas...
Minha vida é assim, aliás, nós, seres humanos, deveríamos valorizar o simples, sempre em primeiro lugar. De volta ao rancho, considero que esse foi mais um dia proveitoso em minha vida, onde reina a simplicidade.

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A Secretaria Municipal de Educação parabeniza e agradece a participação de todas as escolas que inscreveram seus textos no Portal da Olimpíada de Língua Portuguesa e torce para que os vencedores da Fase Municipal tenham seus textos selecionados nas próximas etapas!!  

Para acompanhar notícias das próximas etapas da Olimpíada, acesse o Portal da Olimpíada:   www.escrevendoofuturo.org.br.


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