A Olimpíada de Língua Portuguesa: Escrevendo o Futuro seleciona os vencedores da fase municipal, escolhidos no dia 26 de agosto pela Comissão Julgadora de São Sepé/RS, composta por Analice
Ineu Chiappta, Norma Weber Brum e Elsa Maria Gass Vegner, que selecionou o(s) texto(s) abaixo relacionado(s) para
participar(em) da etapa estadual da 3ª edição da Olimpíada de Língua
Portuguesa Escrevendo o Futuro.
Poema
Escola: ESC EST ENS FUN LEONARDO KURTZ
Diretor(a): ONIRA DE FÁTIMA MELLO BEVILÁQUA
Professor(a): SARA APARECIDA WALTER COPES
Aluno(a): Jordano Xavier dos Santos |
Título: Nossa praça
Tem a praça das Mercês no coração da cidade
É ponto de encontro de crianças, idosos e mocidade
Em seus caminhos passam sonhos e encantos
Nas árvores os pássaros nos saúdam com seus cantos
Praça das Mercês com flores em seus caminhos
Com suas folhas verdes e no chão folhas mortas
Formam o grande palco para os que estão sozinhos
São alento para que nossos sonhos abram portas
Praça das Mercês de um lado fica a Fundação
Nos outros dois tem o Clube do Comércio e a Igreja
Tem sempre muita gente nas datas que se festeja
É um marco na cidade e no nosso coração
Memórias literárias
Escola: ESC EST EDUC BAS FRANCISCO BROCHADO DA ROCHA CIEP
Diretor(a): MARIA CRISTINA MACHADO CARDOSO
Professor(a): ÁDILA MARIA DOS SANTOS BOEMO
Aluno(a): Helen Barbieri Silva |
Título: Lembranças da minha infância
Eu era bem pequena quando vim morar em São Sepé, cidade do interior do Rio Grande do Sul.
O bairro Santos onde moro até hoje está bem diferente de
quando cheguei aqui. Hoje temos muitas casas, escolas, prédios, parque
de exposições, posto de saúde... Quando eu era menor, tínhamos mais
árvores, mato, animais e mais espaço. Não tínhamos tantos vizinhos
naquele tempo.
Eu me lembro de tantas coisas: brincávamos de pique-esconde,
jogávamos bolitas, andávamos de carrinho de madeira, soltávamos pandorga
e muitas outras brincadeiras. Outra coisa que lembro é que meus pais
diziam que a mulher de branco iria nos pegar caso não voltássemos cedo
para casa. Eu e meus amigos acreditávamos, pois éramos muito pequenos e
morríamos de medo.
Conheci também a família que deu nome ao bairro Santos e ao
bairro Pontes. Lembro que o dono das terras se chamava Ataídes Pontes.
Foi ele que dividiu as terras e vendeu para as pessoas construírem suas
casas, por isso o bairro se chama Pontes. E, em homenagem a sua mulher,
que tinha o sobrenome Santos, o meu bairro passou a ser chamado de
bairro Santos.
Como eu adorava aquele tempo! Aquelas histórias já não posso viver, mas elas estão guardadas na minha lembrança.
Crônica
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Escola: ESC EST EDUC BAS FRANCISCO BROCHADO DA ROCHA CIEP
Diretor(a): MARIA CRISTINA MACHADO CARDOSO
Professor(a): DENIZE GONÇALVES LEANDRO
Aluno(a): Jean Jentz Teixeira
Título: Lugar onde vivo, lugar que amo
Tentando me concentrar em algum livro, vejo-me
distraído na pracinha. Ouço milhares de sons ao mesmo tempo, desde o
canto dos pássaros, até o mulato tocado o seu violão.
Há várias pessoas em minha volta. Sons e imagens se distinguem
em volta de mim. Ouço barulho de carros de uma oficina próxima e a
música tocada pelo mulato. Lentamente, observo a bola de poucos gomos
já desgastada, indo pro fundo da goleira. Enquanto tento me concentrar,
é inevitável não olhar para o céu ensolarado acima de mim, faz um dia
lindo! Poucas nuvens, o sol brilhando, alguns senhores jogando conversa
fora e pessoas de mais idade se deslocando, fazendo voltas ao redor da
pracinha. Certamente é um bom dia para caminhar! Elas me olham com
ternura. Retribuo. Caminham com seus passos lentos no chão, que já
aparentam precisar de cuidados.
Enquanto os meninos jogam sua tradicional pelada do dia a dia,
observo também um casal de namorados sentados num dos inúmeros bancos da
pracinha, trocando beijos e carícias. O amor está no ar! São tantas
coisas que me chamam a atenção, até mesmo a brisa do inverno gaúcho que
toca o meu rosto. Com minha leitura totalmente esquecida, em meu
silêncio, vejo mais pessoas chegando: crianças para andar nos balanços e
seus pais, um pouco afastados, que as observam constantemente.
Percebo agora uns meninos chutarem a bola para perto de mim.
Eu, gentilmente, devolvo-a. Um deles me convida para jogar, então me
rendo ao seu convite, apesar do frio. Deixo meu livro no chão e vou
jogar. Na volta, sinto a temperatura baixar, como de costume. Aqui os
dias são assim, inúmeras vezes começam quentes e terminam frios, como um
café morno.
Já cansado, vejo as crianças indo embora com seus pais, os
senhores que antes avistei caminhando já se recolheram. Os meninos
incansáveis continuam sua pelada. O casal de namorados passeia em volta
da pracinha. Bem, é hora de me recolher. Pego meu livro e vou me
retirando, enquanto faço uma reflexão final. Por que gosto desse lugar?
Uma pracinha tão simples, tão comum, como muitas que há em nosso
município, por quê? A resposta que tanto procurei, encontra-se na sua
simplicidade e na simplicidade das coisas de nosso mundo: no céu, no
inverno, no sol, nas pessoas...
Minha vida é assim, aliás, nós, seres humanos, deveríamos
valorizar o simples, sempre em primeiro lugar. De volta ao rancho,
considero que esse foi mais um dia proveitoso em minha vida, onde reina a
simplicidade.
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A Secretaria Municipal de Educação parabeniza e agradece a participação de todas as escolas que inscreveram seus textos no Portal da Olimpíada de Língua Portuguesa e torce para que os vencedores da Fase Municipal tenham seus textos selecionados nas próximas etapas!!
Para acompanhar notícias das próximas etapas da Olimpíada, acesse o Portal da Olimpíada: www.escrevendoofuturo.org.br.